O DataSus divulgou dados preocupantes, que acenderam o alerta: nos últimos 20 anos, o número de suicídios subiu de 7 mil casos para 14 mil, o que representa um aumento de mais de 50%. Nesse cenário, a saúde mental ganhou espaço em organizações, escolas e universidades, uma vez que o número supera as mortes causadas por acidente de trânsito, por exemplo.
De acordo com Organização Mundial de Saúde, o número de casos de transtornos de ansiedade aumentou 25,6% e os de depressão 27,6% em 2020 no mundo. A entidade atribui transtornos mentais como possível causa.
O que é o Setembro Amarelo
A Campanha Setembro Amarelo é realizada todos os anos para a Prevenção ao Suicídio, segunda maior causa de mortes entre jovens de 18 a 29 anos de idade, de acordo com Dados da Organização Mundial de Saúde.
O Movimento ganhou força no Brasil em 2015, mas é discutido em todo o mundo desde 2003. As primeiras atividades aconteceram em Brasília, entretanto já no ano seguinte todas as regiões do País aderiram e participaram de atos em prol da saúde mental.
Como identificar pessoas que necessitam de ajuda
A Organização Mundial de Saúde divulgou um relatório em 2012 que relata que no mundo os casos de suicídio acontecem a cada 40 segundos. No Brasil, esse número sobe para 1 minuto e 42 segundos. Além disso, a entidade atribui transtornos mentais como causa que podem influenciar o ato.
Portanto, se uma pessoa próxima a você apresenta comportamentos depressivos, é importante procurar ajuda profissional. Os principais transtornos associados ao suicídio são:
- depressão ou transtorno bipolar;
- morte de uma pessoa querida;
- trauma emocional;
- desemprego ou problemas financeiros;
- algum membro da família que cometeu suicídio;
- histórico de negligência ou abuso na infância
- não aceitação do envelhecimento;
- término de relacionamentos;
- não aceitação da orientação sexual ou identidade de gênero;
- dependência de drogas ou álcool.
Como ajudar?
Para ajudar, algumas ações são fundamentais, como:
- ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo;
- ser afetuoso e dar o apoio necessário;
- levar a situação a sério e verificar o grau de risco;
- perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;
- explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional;
- conversar com a família e amigos imediatamente;
- remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;
- contar a outras pessoas, conseguir ajuda;
- permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;
- procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;
- aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;
- demonstrar preocupação e cuidado constante.
Lembre-se de incentivar a busca por um profissional de saúde mental.
Procure Ajuda
O apoio profissional pode ser muito importante para superar uma fase difícil ou receber o diagnóstico correto para um tratamento efetivo. Por mais complicada que seja a situação, há sempre uma saída.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) trabalha para oferecer suporte emocional e realizar a prevenção do suicídio e oferece atendimento gratuito. Ainda assim, outras opções de tratamento psicológico são ofertadas, incluindo clínicas-escolas, que podem ser contatados pela comunidade a qualquer momento, entre eles:
- Universidade Positivo
- Universidade Federal do Paraná
- Universidade Tuiuti do Paraná
- Pontifica Universidade Católica do Paraná
- FAE
- Uniandrade
- Centro Universitário Dom Bosco
- Unicesumar